Economia

Epidemia na China derruba bolsas; exportadoras são as mais afetadas

A manhã foi marcada por uma forte queda na bolsa, provocada pela propagação da epidemia de coronavírus na China. Nesta segunda-feira (27) às 12:30, o Ibovespa está em baixa de 2,4%, a cerca de 115.500 pontos. As maiores quedas são de empresas exportadoras, especialmente aquelas mais expostas ao mercado chinês. Vale (VALE3) cai 4,8%, com as ações a R$ 51,23, e JBS (JBSS3) recua 5,1%, a R$ 27,81.

No pior momento do dia, o principal indicador do mercado caiu para 115.227 pontos, uma baixa de 2,66% em relação ao fechamento da sexta-feira (24/01). A causa é o temor do mercado com o impacto econômico provocado pela disseminação do coronavírus chinês.

A informação oficial das autoridades chinesas é que há 2.761 casos confirmados e outros 5.794 casos suspeitos. O número de mortos subiu para 80. Os casos confirmados fora da China também aumentaram. Além de cinco infectados confirmados nos Estados Unidos, foram registradas 23 contaminações em sete países asiáticos, quatro na Austrália e três na França.

O que preocupa mesmo o mercado não são as contaminações em si. Entre novembro de 2001 e julho de 2003, o surto da doença respiratória Sars, que também começou na China, matou quase 800 pessoas. Naquele momento, as autoridades chinesas demoraram para reconhecer o problema e, durante bastante tempo, simplesmente negaram a existência da epidemia. Isso elevou o número de mortos e gerou uma condenação global a Pequim.

Agora, o governo está mostrando que sabe agir com rapidez. A região de Wuhan foi cercada e os habitantes postos em quarentena. Não é um movimento pequeno: cerca de 56 milhões de pessoas estão sendo desconectadas da economia. O governo também ampliou o feriado do Ano Novo Lunar, postergando em três dias a volta ao trabalho.

Todas essas medidas reduzem o crescimento econômico, que já vem em uma trajetória descendente. Não por acaso, os mercados internacionais estão em queda.

Em Tóquio e em Xangai, os índices caíram 2,03% e 2,75%, respectivamente. Em Londres e em Frankfurt, cujos mercados estão perto do fechamento, as baixas são, pela ordem, de 2,2 e de 2,4%. Em Nova York, tanto o Dow Jones quanto o S&P 500 estão caindo 1,43%.

Claudio Gradilone

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