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Bolsas de NY fecham mistas com OMS vendo menos risco em surto de coronavírus

As bolsas de NY fecharam sem direção única nesta quinta-feira, 23, em meio ao temor de disseminação do novo tipo de coronavírus que apareceu na China e já atingiu 9 países, com mais de 600 pessoas infectadas no território chinês. O mercado, que manteve cautela nos negócios e certa aversão ao risco por quase todo o pregão, foi reanimado no fim da tarde (horário de Brasília) com a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidindo não declarar o surto de coronavírus como uma emergência de saúde pública. O Nasdaq chegou a renovar recorde e o S&P fechou inverteu o movimento de queda.

O Dow Jones fechou em leve queda de 0,09%, a 29.160,09 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,11%, para 3.325,54 pontos. O Nasdaq terminou o dia com avanço de 0,20%, a 9.402,48 pontos. As ações do Facebook caíram 0,70%, enquanto a Alphabet (Google) tiveram leve valorização de 0,04%. A Boeing apresentou valorização de 2,84%.

Investidores viram sinais de alívio nas declarações dos membros da OMS, afirmando que não há evidências de transmissão por contato humano fora da China, o que não exige medidas adicionais de cancelamento temporário de voos, por exemplo, até o momento. A Organização, no entanto, reiterou que a situação é séria e disse que pode reavaliar a classificação da atual situação do vírus a qualquer momento. Há possibilidade de mais mortes – além das 18 confirmadas – com muitos pacientes internados em hospitais.

A Pantheon avalia que “o surto de coronavírus pode prejudicar o sentimento do consumidor” e “adiar os gastos” que costumam ser feitos com viagens e festas para o Ano Novo Lunar. “Até agora, os especialistas acreditam que o coronavírus de Wuhan é menos sério do que seus parentes, SARS ou MERS, mas a economia da China agora é mais orientada nos serviços”, avalia a instituição, apontando impacto da nova doença para a economia da China.

No cenário corporativo o balanço da American Airlines mostrou que a empresa obteve lucro líquido de US$ 414 milhões no quatro trimestre de 2019 e lucro ajustado por ação foi de US$ 0,95, acima do mesmo trimestre do ano anterior, mas frustrando expectativas de analistas. As ações da empresa, no entanto, fecharam o dia em forte alta, de 5,42%. Já o balanço da Procter & Gamble (P&G) mostrou lucro líquido de US$ 3,717 bilhões em seu segundo trimestre fiscal de 2020 e ganho por ação de US$ 1,42, acima da projeção de analistas consultados pela FactSet. As ações da empresa tiveram queda de 0,46%.

Por Marcela Guimarães

Estadão Conteúdo

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