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Maioria das Bolsas da Europa fecha em queda com cautela por vírus chinês

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 21, à exceção de Frankfurt, com a confirmação de que um novo tipo de coronavírus que tem se espalhado na China pode ser transmitido por contato humano. Em meio ao cenário de cautela, ao passo que centenas de milhões de pessoas na China se preparam para viajar antes do feriado de Ano-novo chinês, o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ficou em segundo plano.

A China e outros países ampliaram os esforços para conter o coronavírus, com checagens de temperatura corporal em aeroportos, estações de trem e ao longo de estradas para identificar pessoas infectadas. Cerca de 300 pessoas já foram afetadas, mas as estimativas de mortes causadas pelo problema variam na imprensa, com a maioria indicando entre quatro e seis óbitos até o momento.

O economista sênior para Ásia da Capital Economics, Gareth Leather, afirma em relatório que, até o momento, a consultoria britânica mantém suas projeções econômicas para a Ásia, mas “a disseminação do vírus é claramente um grande risco negativo e continuaremos a monitorar a situação de perto”. Se o vírus se espalhar, acrescenta, os países mais afetados provavelmente serão os mais dependentes dos gastos turísticos chineses. Além da própria China, Hong Kong é a mais exposta. Tailândia e Vietnã também são vulneráveis, na avaliação da instituição.

Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,53%, a 7.610,70 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,54%, a 6.045,99 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,65%, a 23.845,28 pontos. Já o Ibex 35, em Madri, terminou em queda de 0,49%, a 9.611,30 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, fechou com recuo de 0,52%, a 5.276,12 pontos.

A exceção foi Frankfurt, onde o DAX subiu 0,05%, a 13.555,87 pontos, após oscilar durante o pregão. Nesta terça, foi divulgado que o índice de expectativas econômicas da Alemanha medido pelo instituto ZEW subiu mais do que o esperado em janeiro.

Para a Oxford Economics, o resultado sugere que os riscos externos diminuíram, em vez de indicar uma melhora substancial na perspectiva de crescimento econômico. Em relação ao indicador alemão, o Morgan Stanley aponta que o ZEW “confirma a tendência de aumento no sentimento”, enquanto os dados industriais do país continuam “mais confusos”.

Ficaram em segundo plano, com isso, as declarações de diversas autoridades no Fórum Econômico Mundial em Davos. Entre as principais falas do dia, o presidente americano, Donald Trump, comemorou a economia de seu país e afirmou que a maior parte das tarifas à China continuarão em vigor até as negociações da “fase 2”, que começarão “muito em breve”. Mais tarde, ele também disse que fala sério sobre impor tarifas a carros produzidos na Europa se não houver um acordo.

Por Monique Heemann

Estadão Conteúdo

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