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Inadimplentes empenhados em pagar dívidas caem de 70% para 68%, revela Boa Vista

O porcentual de consumidores inadimplentes comprometidos com o pagamento de dívidas caiu no segundo semestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. De acordo com a Pesquisa Perfil do Consumidor Inadimplente, feita pela Boa Vista, essa parcela diminui a 68%, ante 70%.

Dos demais consumidores, 22% têm de 25% a 50% de renda comprometida com dívidas enquanto 10% afirmam que o comprometimento da renda é de até 25%.

O desemprego é citado pelos entrevistados (36%) como o principal motivo da inadimplência, seguido da redução da renda (21%), descontrole financeiro (17%), empréstimo do nome para terceiros (13%), despesas extras com saúde e educação (10%) e atraso no recebimento do salário ou aposentadoria (3%).

De acordo com o levantamento relativo à segunda parte do ano passado, 39% dos devedores disseram estar “muito endividados”, na comparação com 40% em 2018. Do restante, 28% afirmaram ter contraído dívidas e 31% disseram estar um pouco endividados. Já a fatia de 2% dos entrevistados afirmou não ter dívidas em aberto.

Para 27% dos consumidores ouvidos na pesquisa, há dificuldade em pagar as contas em dia, o que representa queda no confronto com o apurado antes (35%). Para 52%, está difícil quitar dívidas no dia do vencimento enquanto 18% disseram estar fácil e, 2%, classificaram como muito fácil.

A pesquisa mostra que 30% dos consumidores inadimplentes procuraram ajuda financeira em bancos quando souberam que estavam negativados, 29% recorreram a financeiras, 24% pediram ajuda a parentes ou familiares e 17%, a amigos ou colegas. Em média, sete em cada 100 conseguiram ajuda esperada, principalmente com amigos e familiares.

Em média, 45% dos consumidores afirmaram que o valor da dívida é de até R$ 3.000, uma queda de seis pontos porcentuais em relação ao segundo semestre de 2018.

Segundo o levantamento, 14% dos consumidores pretendem pagar as dívidas que geraram a restrição num prazo menor do que 30 dias; 39% entre 30 a 90 dias; 24% entre 90 e 180 dias; e 23% acima de 180 dias.

Por Maria Regina Silva

Estadão Conteúdo

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