A Cia Hering informa que encerrou o quarto trimestre de 2019 com receita bruta de R$ 502,9 milhões, montante 5,2% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a queda foi influenciada pela performance das vendas sell-in dos canais multimarcas e franquias, a despeito do crescimento do canal e-commerce (sell-out).
Segundo a empresa, as vendas mesmas lojas apresentaram queda de 4% na rede Hering. Importante destacar que a rede apresentou nos últimos 7 trimestres crescimento desse indicador.
Conforme a varejista, o quarto trimestre foi marcado por desempenho positivo das vendas em outubro e novembro, com destaque para o período da Black Friday, no qual a Companhia atingiu recorde histórico de vendas neste evento. Esta performance positiva influenciou o desempenho aquém do esperado no mês de dezembro , cujo faturamento representa aproximadamente 60% das vendas do trimestre. “A ‘ressaca’ de vendas após a Black Friday já era esperada em razão da antecipação de parte das compras, entretanto este movimento se estendeu mesmo após a 2º quinzena de dezembro”, informa.
As vendas das lojas próprias apresentaram queda de 1,9% nos últimos três meses do ano, ante igual período do ano passado. “Apesar do aumento de fluxo nas lojas, observamos uma queda na taxa de conversão, resultando em um menor número de atendimentos”, afirma. Por outro lado, acrescenta, houve aumento do tíquete médio favorecido pelo maior número de peças por atendimento.
Já as vendas para franquias (sell-in), apresentaram queda de 5,2% em razão do fechamento líquido de 13 lojas nos últimos 12 meses, redução de 3,2% da área de vendas. A empresa destaca, contudo, a preservação da sustentabilidade da rede e o dimensionamento dos níveis de estoque versus as vendas realizadas ao consumidor final, onde os franqueados realizaram um abastecimento equilibrado no período de “showroom” com a possibilidade de colocação de menos pedidos através de reposição.
As vendas do canal multimarcas apresentaram declínio de 13% no trimestre devido ao menor número de clientes e queda na produtividade (-9,9% e -3,4%, respectivamente), notadamente nas coleções quentes, além da menor venda de produtos com maior valor agregado.
“A despeito do curto prazo ainda desafiador, a Companhia segue confiante em sua estratégia para recuperação das vendas através do novo modelo de gestão e proposta de valor diferenciada, com ações que englobam a racionalização da base de clientes estreitando o relacionamento com clientes de maior relevância, ampliando o rol de iniciativas para melhor ativação da marca no ponto de venda e ganho de share-of-wallet e testando novos formatos de go-to-market que levem a novas avenidas de crescimento dentro do canal”, afirma.
Por Beth Moreira
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