Os governos federal, estadual e municipal terão arrecadado R$ 200 bilhões em tributos e contribuições na próxima sexta-feira, dia 24, por volta de 1h40, segundo o Impostômetro, índice da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que calcula os valores recolhidos em impostos. No ano passado, foi preciso um dia a mais para o valor ser atingido.
Para o economista da ACSP, Emílio Alfieri, o aumento na arrecadação não é necessariamente uma má notícia. “O aumento na arrecadação dos impostos é algo natural se estiver relacionado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Então, como o governo não está mudando as alíquotas, é possível ver com bons olhos essa variação positiva dos primeiros dias de 2020”, explica o economista.
Segundo ele, a redução da Selic e a política do governo de estímulo para tomada de crédito à pessoa física têm ajudado a aumentar a arrecadação sem que as alíquotas subissem.
Alfieri ainda pondera que o governo deve “conter os ânimos” com relação ao aumento da arrecadação via tributos para reduzir o déficit primário, que deve ser de R$ 110 bilhões em 2020, segundo estimativas do Ministério da Economia. “Não há espaço para elevar os impostos, ou criar novas taxas, sem que isto afete o crescimento econômico”, alerta.
Para o economista, reduzir os gastos públicos é uma alternativa melhor para lidar com o déficit.
Por Gabriel Caldeira
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