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Dólar cai com exterior, mas ajuste perde força com petroleiros e ruídos no radar

O dólar opera em baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira, 17, refletindo uma realização parcial de ganhos acumulados em mais de 4% nos primeiros 11 dias de negócios deste ano. As ofertas são estimuladas pela desvalorização da moeda americana predominante no exterior em relação a divisas emergentes ligadas a commodities na esteira de indicadores econômicos da China divulgados na quinta-feira (16).

Houve expansão maior do que a prevista da produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos, além do Produto Interno Bruto (PIB) chinês do quarto trimestre e do ano de 2019. Novas captações corporativas de empresas brasileiras no exterior também são pano de fundo da queda, disse um operador.

Contudo, o ajuste negativo ante o real perdeu força e o dólar renovou máximas em meio ao avanço do dólar frente euro e libra. Além disso, a Federação Única dos Petroleiros anunciou que a categoria vai adotar um indicativo de greve. E os investidores estão de olho ainda em ruídos políticos.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pelo Twitter, pediu a demissão do secretário especial de Cultura, Roberto Alvim. “O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, escreveu Maia. A Secretaria de Cultura, mais cedo, havia anunciado o Prêmio Nacional das Artes em um vídeo protagonizado pelo próprio Alvim com paráfrases a discursos do Ministro de Propaganda nazista Joseph Goebbels.

No exterior, o dólar está forte ante euro e libra em meio a expectativas por novos indicadores americanos, como a produção industrial em dezembro. Na quinta-feira, Nova York teve novo rally na esteira de balanços surpreendentes do setor financeiro e de tecnologia e a alta no índice de atividade regional do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia, para a maior leitura desde o final de 2018, depois do acordo inicial entre Washington e Pequim, oficializado na quarta-feira. No caso da libra, a queda ante o dólar ocorre após a divulgação das vendas no varejo do Reino Unido, que sofreram uma baixa inesperada de 0,6% em dezembro ante novembro. A projeção de analistas era de alta de 0,9%.

Às 9h28 desta sexta, o dólar à vista estava na máxima, aos R$ 4,1835 (-0,16%. Na mínima, caiu aos R$ 4,1720 (-0,43%). O dólar futuro para fevereiro recuava apenas 0,05%, na máxima de R$ 4,1870, após mínima mais cedo em R$ 4,1750 (-0,33%). Mais cedo, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) mostrou alívio em quatro das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de janeiro. O índice cheio subiu 0,48% e ficou 0,09 ponto porcentual abaixo do resultado da divulgação anterior, quando teve alta de 0,57%.

Por Silvana Rocha

Estadão Conteúdo

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