As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quinta-feira, 16, com investidores repercutindo a assinatura do acordo comercial entre Estados Unidos e China. Em meio à agenda esvaziada no Velho Continente, a ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) também foi monitorada. O documento trouxe preocupações de dirigentes em relação à política de juros negativos, mas não sinalizou um aperto monetário. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,17%, a 420,38 pontos.
O mercado acionário do Velho Continente não reagiu com tanto entusiasmo à assinatura da “fase 1” do acordo comercial EUA-China, observando a manutenção de grande parte das tarifas de Washington a Pequim.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, caiu 0,43%, a 7.609,81 pontos. Destaque para ações do banco Barclays, que caíram 0,95%. Já o DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em leve queda de 0,02%, a 13.429,43 pontos. Destaque para ações do setor automotivo, com papéis da Daimler caindo 0,77% e da BMW recuando de 1,41%, enquanto as ações do Deutsche Bank subiram 0,78%.
Com a agenda esvaziada, o destaque ficou por conta dos números finais de inflação da Alemanha, que confirmaram estimativas preliminares. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) no país acelerou de 1,1% em novembro para 1,5% em dezembro.
Houve, ainda, monitoramento da ata da mais recente reunião de política monetária do BCE, embora sem grandes impactos no mercado. Apesar dos temores apresentados quanto à atual política de juros negativos, analistas da Capital Economics argumentam que os dirigentes não “fecharam a porta” para um relaxamento monetário adicional. “Isso deve acontecer na segunda metade do ano”, diz a consultoria.
Em Paris, o índice CAC 40 fechou em alta de 0,11%, aos 6.039,03 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 0,74%, a 23.940,41 pontos.
O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,07%, a 5.306,80 pontos, e o índice Ibex 35, da Bolsa de Madri, fechou em alta de 0,64%, a 9.572,50 pontos.
Por Marcela Guimarães e Eduardo Gayer
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