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À espera por EUA-China, Ibovespa tenta segundo dia de recuperação

Investidores adotam certa cautela antes da divulgação da assinatura do acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China, aguardada para a quarta-feira, 15. As bolsas internacionais têm quedas moderadas nesta terça-feira, 14. O Ibovespa também iniciou o dia em baixa, mas há pouco passou a subir, tentando dar sequência ao segundo dia seguido de alta, mas de forma moderada.

Ontem, a Bolsa fechou em alta de 1,58%, aos 117.325,28 pontos, interrompendo uma série de seis pregões seguidos de desvalorização.

A mudança de sinal na B3 coincidiu com a divulgação dos dados de inflação nos EUA e da revisão para cima na projeção para Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Em Nova York, os índices futuros também diminuíram as perdas.

O Ministério da Economia informou nesta terça que elevou a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 2,32% para 2,40%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção do governo é que feche o ano em 3,62%, ante estimativa anterior de 3,53%.

Nos Estados Unidos, a inflação ao consumidor atingiu 0,2% em dezembro ante novembro, ficando abaixo da previsão de 0,3% de analistas. O núcleo do indicador, por sua vez, ficou e, 0,1%, na comparação com projeção de 0,2%.

O Citigroup informou lucro líquido de US$ 5 bilhões no quarto trimestre, equivalente a US$ 2,15 por ação. O resultado veio acima do ganho de US$ 4,3 bilhões (ou US$ 1,64 por ação) registrado em igual período de 2018 e superou também as expectativas de analistas, de US$ 1,82 por ação.

Às 10h35, o Ibovespa subia 0,05%, na máxima, aos 117.379,34 pontos, após cair na mínima aos 116.922,68 pontos. Na sexta-feira (10), os investidores estrangeiros retiraram R$ 963,509 milhões da B3. Em janeiro, o saldo está negativo em R$ 4,643 bilhões. Já o dólar à vista caía 0,03%, a R$ 4,1404.

Internamente, o único dado informado foi o do setor de serviços, que mostrou queda de 0,1% em novembro na comparação com outubro, após crescimento acumulado de 2,2% entre setembro e outubro. O dado ficou menos negativo que a mediana de -0,15% das estimativas no levantamento do Projeções Broadcast. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado não interrompe trajetória de melhora, e indica acomodação.

Apesar do número ter ficado com recuo menos expressivo que a mediana, um analista diz que não deve ter força para influenciar os negócios na B3, já que independentemente das apostas para o juro básico – queda ou manutenção em 4,50% ao ano -, a Selic seguirá em nível histórico de baixa. “E isso já está precificado. O que vai determinar o rumo da Bolsa é o exterior”, diz um analista de renda variável.

Ainda que tenha apresentado instabilidade mais cedo, o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, acredita que há espaço para ganhos na B3.

No mercado doméstico, Bandeira avalia que o noticiário corporativo pode dar algum fôlego para as respectivas ações, mas não necessariamente para a Bolsa como um todo. “É o exterior que tende a definir”, estima.

Dentre as notícias, a Marfrig Global Foods e a Minerva Foods receberem ontem habilitação da Arábia Saudita para exportar carne bovina produzida no Uruguai.

Por Maria Regina Silva

Estadão Conteúdo

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